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Militares investigam Ciro – O Ministério Público Militar de São Paulo iniciou uma apuração contra o candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) a pedido do governo de Jair Bolsonaro (PL).
A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
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O motivo seria uma suposta difamação contra as Forças Armadas por parte do ex-ministro, denunciado ao órgão pelo Ministério da Defesa.
Em 21 de junho deste ano, Ciro comentava sobre a situação de abandono na Amazônia na rádio CBN e avaliou que o governo de Jair Bolsonaro destruiu construções de comando e controle na região.
Além disso, o ex-governador disse que a região se converteu em uma “holding do crime”, em que “o narcotráfico é claramente protegido por autoridades brasileiras, inclusive das Forças Armadas”.
‘Incitação ao crime’?
O governo Bolsonaro então acusou Ciro Gomes de cometer incitação ao crime (artigo 286 do Código Penal) e de propalar fatos, “que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público” (artigo 21 do Código Penal Militar).
A Procuradoria da República no Distrito Federal não identificou elementos a justificarem o avanço de uma apuração sobre incitação ao crime.
Mas curiosamente, viu chance de haver “a possibilidade de que a conduta supostamente ilícita narrada tenha violado interesses das Forças Armadas”.
O Ministério Público Militar disse à Folha que o caso foi distribuído a um promotor de Justiça Militar nesta semana, mas que ainda não há movimentação processual.
(Foto: Montagem/Reprodução)
Veja o BRI Análise sobre o ocorrido:
Ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo descarta Golpe: “Bolsonaro não tem autoridade”
Em entrevista ao BRI no Dia da Independência, o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo (PDT-SP) descartou qualquer possibilidade de Golpe no Brasil por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu, sinceramente, não prevejo risco de uma quebra da Constituição, da legalidade, por um movimento golpista”
Aldo explica que vê apoio de nenhum setor relevante da sociedade para que Bolsonaro pudesse ter algum tipo de força política para se aventurar em uma ruptura democrática.
“Não vejo militares apoiando Golpe, não vejo empresários significativos – tirando meia dúzia de gatos pingados -, não vejo a embaixada americana, não vejo a mídia, não vejo a Igreja (apoiando). E o líder do pretenso Golpe seria o atual presidente, a quem falta autoridade política e liderança para uma aventura dessa”
Aldo Rebelo é considerado um dos maiores nacionalistas da política brasileira e conversou por uma hora com o BRI.
Rebelo contou sobre seu relacionamento com as Forças Armadas, sobre sua trajetória política e da defesa da candidatura de Ciro Gomes (PDT) à presidência e de um projeto nacional de desenvolvimento que faça o Brasil voltar a crescer.
Assista na íntegra: