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Pazuello é nomeado novamente no governo Bolsonaro – O ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, general da ativa, acaba de ser nomeado para mais um cargo no governo de Jair Bolsonaro. Agora, como assessor especial de Bolsonaro, Pazuello vai receber cerca de R$17 mil por mês.
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No início de maio, antes de prestar depoimento à CPI, Pazuello recusou um cargo na Secretaria-Geral da Presidência. O ato de nomeação chegou a ser assinado pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, mas não foi publicado a pedido do militar.
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Na época, o general também ameaçou abrir mão da defesa da Advocacia-Geral da União (AGU) na comissão e ser representado por um advogado particular caso não houvesse um pedido de habeas corpus. Com o receio de distanciamento do ex-ministro, Bolsonaro deu aval ao HC.
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Ao demitir Pazuello do Ministério da Saúde no final de março, Bolsonaro sinalizou que o nomearia para outro ministério, mas houve resistência. Pazuello voltou ao Exército e foi transferido de Manaus para Brasília. No mês passado, foi oferecida ao militar a Secretaria Especial de Modernização do Estado, ligada à Secretaria-Geral da Presidência. Pessoas próximas ao ex-ministro, entretanto, alegam que ele não está interessado apenas em cargo e não via a secretaria como “uma missão”.
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No Planalto, diversos auxiliares defendiam que o ex-ministro, um dos alvos preferidos da CPI, não estivesse tão próximo ao gabinete presidencial. Agora, no entanto, deve voltar ao Planalto em uma secretaria que é ligada diretamente à Presidência.
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Pazuello prestou depoimento na CPI da Covid há duas semanas. Integrantes do governo avaliaram que o general cumpriu sua missão ao tentar blindar Bolsonaro e evitar expor o governo, procurando redirecionar responsabilidades para ações de estados e municípios. A atuação chegou a ser elogiada pelo presidente em transmissão nas suas redes sociais.
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Dias após seu depoimento, Pazuello compareceu a um passeio de moto organizado por Bolsonaro no Rio. O ex-ministro subiu ao palanque e discursou ao lado de Bolsonaro, o que motivou a abertura de um procedimento disciplinar no Exército, já que militares da ativa são proibidos de se manifestarem politicamente em público. Ao apresentar sua defesa, Pazuello afirmou que o ato não tinha caráter político. O argumento foi endossado em público por Bolsonaro. Agora, abe ao comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, definir se general será punido ou não.
Fonte: O Globo