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Nova liderança contra polarização – Apesar do resultado das urnas no ano passado, em que a polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) alcançou mais de 90% dos votos, pesquisa Ipec divulgada neste domingo (19) revela que 57% da população gostaria que uma nova liderança política surgisse para que o país pudesse fugir da polarização.
O percentual se refere à soma dos 39% que dizem concordar totalmente com essa necessidade e os 18% que afirmam concordar em parte.
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Já os que declaram discordar total ou parcialmente são 27%, enquanto outros 5% disseram nem concordar nem discordar.
Na eleição presidencial de 2022, os candidatos que tentaram furar a polarização entre Lula e Bolsonaro não conseguiram somar nem 10% dos votos válidos no primeiro turno.
Os mais votados fora da polarização foram Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
Desafio é se diferenciar
Atualmente, a ex-senadora é ministra do Planejamento e integrante do governo petista.
Os dados do Ipec mostram ainda que a busca por uma alternativa é compartilhada praticamente na mesma medida entre todos os segmentos da população.
Entre católicos e evangélicos, grupos que se opõem em relação a alguns temas, o apoio a um nome de fora do eixo Lula-Bolsonaro alcança o mesmo patamar: 57% entre católicos e 59% entre evangélicos.
“Vários pesquisadores já constataram que ninguém gosta de votar em quem não tem chances de ganhar. E, além disso, os candidatos talvez não tenham se diferenciado o suficiente. A pesquisa mostra que há espaço para uma terceira via, à direita e à esquerda, mas não diz como. Esse será o principal desafio: se diferenciar”, avalia a cientista política Mayra Goulart, da UFRJ.
O maior percentual de brasileiros que dizem concordar totalmente com a ideia de ter uma terceira via está no Sul do país: 46%.
Quem menos apoia o surgimento de um terceiro nome no cenário político nacional são os brasileiros que avaliam positivamente o início do governo Lula.
Nesse estrato, 53% dizem concordar com a necessidade de uma terceira via, índice que é de 62% entre os que classificam a gestão petista como regular e de 58% no grupo que vê a administração federal como ruim ou péssima.
(Com informações de O Globo)
(Foto: Montagem/Reprodução)