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PF indicia Bolsonaro – A conclusão das investigações sobre a falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19 marca um momento crucial na luta contra a corrupção e a fraude ocorridas em meio à pandemia.
Nesta quinta-feira (19), a Polícia Federal anunciou o indiciamento de uma série de figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive ele próprio, após acusações de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas públicos.
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O indiciamento não se limitou apenas a Bolsonaro. Um total de 16 pessoas, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), foram incluídas nos crimes investigados. As acusações variam desde associação criminosa até a inserção de dados falsos, com o tenente-coronel enfrentando também acusações relacionadas ao uso indevido de documento falso.
Para a Polícia Federal, o indiciamento representa uma etapa fundamental, indicando que foram encontrados elementos substanciais que apontam para a prática criminosa. Agora, cabe ao Ministério Público Federal decidir o próximo passo, seja apresentando denúncia à Justiça ou encerrando a investigação.
O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, referiu-se à divulgação do indiciamento como algo “lamentável”, mas optou por não comentar especificamente as acusações. Enquanto isso, Washington Reis, irmão de Gutemberg Reis, denunciou o que classificou como “perseguição política e covarde”, assegurando que provarão a inocência do deputado:
“O Gute nunca se meteu em vacina […]. O deputado Gutemberg não tem nada com esse assunto, ele não fazia parte do governo. Estava totalmente longe de tudo. O assunto vacina é política. Investigar cartão de vacina? É um acinte esse negócio. É perseguição política e covarde. É um vexame. Eu estava na linha de frente e não foi provado nada contra mim. E não será provado nada contra o Gute. Vamos provar que ele é inocente”, afirmou o secretário de Transportes do RJ, presidente estadual do MDB-RJ, e irmão de Gutemberg.
Confira a lista dos indiciados:
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
- Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
- Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
- Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
- Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
- Eduardo Crespo Alves, militar;
- Paulo Sérgio da Costa Ferreira
- Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
- Marcelo Fernandes Holanda;
- Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
- João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
- Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
- Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
- Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
- Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
- Célia Serrano da Silva.
(Com informações do G1)
(Foto: Reprodução)