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PT manda recado a Zanin – Divulgada nesta quarta-feira (30), uma resolução do diretório nacional do PT manda um recado velado – porém direto – para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, que tem proferidos decisões consideradas conservadoras.
Um trecho do texto faz referência elogiosa a uma série de decisões recentes tomadas pelo Supremo, mas nas quais o ex-advogado de Lula votou de contrária. A elaboração do documento foi uma proposta da presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), segundo a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo.
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“No momento em que o Supremo Tribunal Federal deve retomar o julgamento do marco temporal, manifestamos a expectativa de que a Suprema Corte reafirme os direitos dos povos indígenas, como ocorreu em decisões anteriores. Esta expectativa de uma atuação em defesa da civilização é reforçada por recentes decisões e avanços do STF neste sentido”, diz o texto.
A resolução do PT também cita equiparação da ofensa contra pessoas LGBTQIA+ ao crime de injúria racial, a abertura de ação sobre a violência contra povos indígenas Guarani-Kaiowa pela PM do Mato Grosso do Sul, a manutenção do princípio da insignificância (em furtos de até R$ 100) e a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.
Vale lembrar que o novo ministro indicado por Lula, Cristiano Zanin votou contra em todas estas matérias. O desconforto com as posições de Zanin fica claro no documento.
Divergência interna
A coluna afirma que a proposta de Gleisi enfrentou resistência interna, embora tenha prevalecido a posição da parlamentar que preside a sigla.
Internamente, dirigentes do partido opinaram que não era hora de comprar uma briga aberta com o novo ministro e que no atual momento, seria preferível tratar do tema em privado.
Sobre a política de alianças para a eleição municipal de 2024, o PT autorizou coligações com partidos de esquerda e legendas que apoiaram Lula no ano passado.
O PT vetou que candidatos estejam junto de políticos bolsonaristas, mas não houve veto a nomes de partidos como PP, Republicanos ou mesmo PL que não são identificados com o ex-presidente.
(Com informações da coluna Painel em Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)