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Depois de ‘denunciar’ invasão, Ucrânia diz que Rússia prepara Golpe

Ucrânia diz que Rússia prepara Golpe – Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy  afirmou nesta sexta-feira (26) que a Rússia está preparando um Golpe de Estado contra o país que governa.

A nova ‘descoberta’ ocorre dias depois de Zelenskyy  ‘denunciar’ uma invasão russa e ter que voltar atrás após ser desmentido pelo próprio exército ucraniano.

Além disso, o política de extrema-direita enviou comunicados aos líderes europeus anunciando uma guerra contra os russos.

De acordo com o apocalíptico presidente ucraniano, o ‘Golpe’ pode ocorrer já neste mês de dezembro, ainda em 2021.

Zelesnky também afirmou que a Ucrânia ‘está preparada’ para um eventual confronto com os russos.

‘Inteligência’

Zelesnky afirma que recebeu tais informações dos serviços de inteligência e que grandes empresários ucranianos estariam envolvidos na intentona, como o bilionário Rinat Akhmetov.

As ‘revelações’ do presidente ocorrem justamente no momento em que sua aprovação como presidente da Ucrânia vem caindo enquanto sua rejeição dispara, chegando a quase 60%.

A cada 10 ucranianos, somente três deles aprova a gestão de Zelesnky no comando do país do leste europeu.

Na imprensa e no mundo político europeu, são cada vez mais vozes que avaliam as ‘denúncias’ de Zelesnky como uma cortina de fumaça para esconder a péssima gestão e a crise instalada na Ucrânia.

Credibilidade abalada

As declarações do presidente estão cada vez mais enfraquecidas na própria Ucrânia.

Primeiro, Zelesnky disse que sofreria um golpe constitucional através da Suprema Corte, uma conspiração que contaria com juízes ligados ao ex-presidente Viktor Yanukovich, derrubado do poder em 2014 em um processo que ‘viralizou’ através dos protestos da praça de Maidan, em Kiev.

A deposição de Yanukovich, esta sim, é considerada por analistas internacionais como um Golpe de Estado.

Na época, o ex-presidente  teve que fugir da Ucrânia para não ser morto por grupos neonazistas de extrema-direita, que dão suporte ao atual governo ucraniano.

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Conversa com Erdogan

O presidente ucraniano também disse que fará uma reunião a portas fechadas com Tayyip Erdoğan, presidente da Turquia e conhecido mundialmente por perseguir a oposição e a imprensa turca.

O encontro, especula-se, são para a realização de acordos militares para aquisição de de drones Baytaktar-tb2.

Tais drones foram amplamente utilizados na guerra entre Armênia e Azerbaijão e considera-se que as aeronaves não-tripuladas tiveram participação decisiva na vitória do Azerbaijão.

Rússia

Dias atrás, já havia causado desconfiança a ‘denúncia’ de que a Rússia estaria planejando uma invasão à Ucrânia.

Na ocasião, as próprias tropas ucranianas de fronteira vieram a público esclarecer que não há qualquer movimentação militar que sustenta a acusação.

As tropas russas, aliás, estão alocadas na região da Bielorrússia, especialmente depois da eclosão da crise migratória no país e as tensões com a vizinha Polônia.

Alemanha

A Alemanha tem dado cada vez mais eco para as afirmações estapafúrdias de Volodymyr Zelenskyy.

O governo de Angela Merkel – que passou o bastão para o primeiro governo alemão de centro-esquerda em quase 20 anos – chegou a ameaçar a Rússia com possíveis sanções.

Contexto histórico

Tentativas recorrentes de desestabilizar a região levaram separatistas ucranianos a derrubar o presidente eleito em 2014, lançando a Ucrânia contra a Rússia em uma crise que resultou na anexação da Criméia ao território russo, após plebiscito aprovado pela larga maioria da população local.

Na época também eclodiram os conflitos de Dombass e Donetsk, no leste da Ucrânia, dois estados soberanos que sofreram com a implementação de políticas de ultradireita, como proibição do idioma russo em solo ucraniano.

Na região que também engloba a Criméia e Mariupol, a maioria dos moradores são de origem russa, o que gerou receio de que houvesse perseguição contra descendentes e simpatizantes russos.

Em 2014, houve agressão contra cidadãos ucranianos de origem russa e hoje, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tenta se juntar a OTAN para reivindicar esses territórios.

A ideia é promover um ataque massivo a essas regiões que fizeram plebiscitos para se separarem da Ucrânia.

A visita do chefe da CIA Antony Blinken, à região, ocorreu para que Zelensk fosse avisado de que a OTAN e os EUA não pretendem se envolver diretamente nós conflitos, que já duram mais de 7 anos.

Os conflitos ocorridos na Ucrânia em 2014 geraram graves para a Ucrânia, com a Rússia apoiando os separatistas, que denunciam ‘terror’ e ‘russofobia’ implementada pelo governo sediado na capital ucraniana Kiev.

As tensões na região se agravaram ainda mais com a insistência americana de expandir a OTAN até às fronteiras da Rússia, que denuncia a movimentação como uma tentativa de ‘encurralar a Rússia’, impossibilitando que a região tenha estabilidade.

Por Thiago Manga e Radamés Alves

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De acordo com O Antagonista, a intensa troca de mensagens que levou à suspensão da filiação de Jair Bolsonaro ao PL foi mais grave do que se pensava. O diálogo teria terminado com troca de ofensas de ambos os lados, com Valdemar Costa Neto deixando claro ao presidente quem manda e continuará mandando na legenda.

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Por Redação

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