Share This Article
Justiça suspende Telegram – A Justiça brasileira determinou que operadoras de telefonia e lojas de aplicativos retirem o Telegram do ar imediatamente.
Isto ocorre após o aplicativo de mensagens não entregar à Polícia Federal (PF) todos os dados sobre grupos neonazistas da plataforma pedidos pela corporação.
Cantora é encontrada morta no Acre; polícia investiga marido
Segundo a Diretoria de Inteligência da PF, as empresas de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi e o Google a Apple, responsável pelas lojas de aplicativos Playstore e App Store vão receber o ofício sobre a suspensão do Telegram ainda na tarde destas quarta-feira (26).
O Telegram chegou a entregar parte dos dados pedidos pela PF na sexta (21), após solicitar intervenção do poder judiciário.
O problema é que a PF quer contatos e dados dos integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista, e o Telegram não forneceu os números de telefone.
Além de determinar a suspensão do aplicativo, a Justiça ampliou a multa aplicada ao Telegram por não entregar os dados de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.
A informação é do site G1, que acionou o Telegram, mas ainda não obteve retorno.
Ataque em Aracruz apontou grupos neonazistas
Segundo a PF, o pedido de acesso aos dados do grupo neonazista foi feito depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, que deixou quatro mortos em novembro de 2022.
Os investigadores descobriram a interação do assassino, de 16 anos, com grupos com conteúdo antissemita pelo Telegram.
A polícia pediu que o Telegram entregasse os dados de administradores e integrantes do grupo para apurar as conexões e se houve influência no crime em Aracruz.
“Observou a autoridade policial que o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas”, diz trecho do pedido de quebra de sigilo telemático da PF.
Grupos radicais
A participação de grupos extremistas em casos de violência em escolas vem sendo investigado pelo Ministério da Justiça. A apuração começou depois do caso de Aracruz.
No início do mês, o ministro Flávio Dino determinou a investigação de células que fazem apologia ao nazismo.
Em uma coletiva depois do caso de violência em uma creche em Blumenau, disse que a PF descobriu a conexão entre grupos neonazistas e adolescentes com influência para violência em escolas.
De acordo com o ministro, as investigações encontraram grupos em São Paulo e Goiás que estariam recrutando adolescentes no Maranhão. Todos os grupos com conteúdo antissemita.
“Nós tivemos uma operação em que houve um agrupamento em que havia, inclusive, no domicílio bandeiras com suásticas. Eles estavam sediados em São Paulo e Goiás recrutando jovens no Maranhão. Recrutando jovens para a prática de violência em escolas. A denúncia veio desses jovens dizendo que estavam sendo assediados pela internet.”, disse Dino na ocasião.
(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução)
Vai ter golpe contra Lula?
Nesta terça-feira (25), o “BRI Sem Papas” debateu o escândalo do vazamentos das imagens que mostram agentes do GSI dentro do Palácio do Planalto durante a invasão golpista de 8 de janeiro.
Também flagrado dentro do prédio, o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo após reunião de emergência com o presidente Lula (PT).
Vai ter golpe contra Lula? Como será a CPI dos atos golpistas, agora apoiada pelo governo? Tudo isso e muito mais, você assiste no BRI Sem Papas desta terça.
“BRI Sem Papas”
O “BRI Sem Papas” é um programa opinativo do Brasil Independente, transmitido ao vivo, toda terça, às 20h, pelo canal do BRI no Youtube.
O programa é comandado pelo Diretor de Redação do BRI, Thiago Manga, tendo como companheiro e fiel escudeiro o jornalista e músico Renato Zaccaro.