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AGU vai investigar Alexandre Garcia – A Advocacia-Geral da União (AGU) determinou que a recém-criada Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) abra uma investigação contra o jornalista Alexandre Garcia por “disseminação de informações falsas” por conta de declarações sobre a tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul.
Advogado-geral da União, Jorge Messias disse em suas redes sociais que determinou a “imediata instauração de procedimento contra a campanha de desinformação promovida pelo jornalista”.
O jornalista relacionou condutas da gestão petista à catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul na semana passada.
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“A chuva foi a causa original. Mas no governo petista foram construídas, ao contrário do que recomendavam as medições ambientais, três represas pequenas que aparentemente abriram as comportas ao mesmo tempo”, disse o jornalista no programa “Oeste Sem Filtro”, da Revista Oeste, no último dia 8.
Alexandre Garcia foi além e defendeu que o episódio seja investigado pelas autoridades. A declaração do jornalista foi repudiada pelo AGU. “É inaceitável que, neste momento de profunda dor, tenhamos que lidar com informações falsas. Vamos buscar a responsabilização”, disse Messias.
Órgão recém-criado
A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia foi criada em maio deste ano, dentro da AGU, para “representar a União, judicial e extrajudicialmente, em demandas e procedimentos” na “preservação da legitimação dos Poderes e de seus membros”, no “enfrentamento à desinformação” e no impedimento de tentativas de golpes contra a democracia.
Questionada pelo jornal Estadão, a AGU respondeu – de forma oficial – que o órgão ainda está analisando as medidas administrativas e judiciais que podem ser adotadas contra o jornalista. Alexandre Garcia também foi procurado pela reportagem, mas não respondeu.
Em um vídeo publicado no seu canal do YouTube na noite desta segunda (11), Alexandre Garcia afirmou que seu comentário sobre as barragens gaúchas foram retiradas de contexto.
“A parte que saiu nas redes sociais não emitiu as minhas razões pessoais para falar sobre isso”, disse.
Um ciclone extratropical atingiu a região na última semana, provocando enchentes e causando mais de 40 mortes. Além disso, mais de 10 mil pessoas ficaram desabrigadas. A ausência do presidente Lula (PT) e da primeira-dama Janja no local gerou críticas na redes sociais durante todo o feriado prolongado do 7 de Setembro.
(Com informações de Estadão)
(Foto: Reprodução)